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FREAK

by FREAK

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04:01
Quando só é possível acostumar-se à companhia fiel da dor da solidão Só que só a dor de saber-se assim faz seu cheiro ora inodora, ora outonal folhas secas ao chão E só a dor e nem amor nem tristeza Dor só a dor de estar só
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A cidade adormece clara pelas luzes artificiais Esquinas inteiras se divertem acolhendo em seu colo marginais Lá vai o vagalume Lá vai o menino Mata prá ser farol Lá vai o menino Lá vai o vagalume Lá vai o menino Mata prá ser... Todos se divertem muito Há ritmos diversos e intensos Garotas cheiram a sexo Garotos dizem coisas sem nexo Lá vai o vagalume Lá vai o menino Mata prá ser farol Lá vai o menino Lá vai o vagalume Lá vai o menino Mata prá ser Farol... A noite é tão divertida Tome mais uma bebida A noite é tão divertida Vamos brincar de ser deus? A noite é tão divertida Tome mais uma bebida A noite é tão divertida Vamos brincar de ser deus? Vamos brincar, vamos brincar, vamos brincar... Brincar!!!
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FREAK 02:35
Segundo o dicionário Michaelis a palavra “Freak” tem os seguintes significados: Excentricidade, capricho, extravagância, aberração, pinta, esquisito; Freak-out: ter alucinação como efeito de drogas alucinógenas. (Eu vou fazer o que eu sempre quis... Eu vou fazer o que eu sempre quis!)
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No caminho das águas As pedras não se escondem, nem rolam Nunca foi tão fácil flutuar Não é milagre É só isso tudo que o corpo produz e que não se reduz ao corpo Como sob efeito de droga, a multidão se aproxima Numa dança quase “marítima” O corpo ereto, o coração pulsa, olhares atentos Ah! Queremos olhar além! Isso, a esperança, não é uma crença. É só vontade de ver o futuro... Ah! A esperança não é uma crença! É só vontade de ver o futuro!
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ERA UMA VEZ 08:15
Era uma vez alguém que era feliz Era uma vez alguém que sempre quis... Encontrar alguém com quem conversar sobre o mar Sobre formas de amar E assim, ver o tempo passar Prá ressuscitar um jeito de dobrar o ódio Retomar as rédeas do próprio passado Alterado por antepassados sórdidos Deixar o passado passar E seguiu dobrando esquinas destruídas, Ruínas decrépitas, retinas deformando imagens míopes De quem se arrastou por dias e dias ferido Querendo trocar o próprio sangue por um minuto somente De paz E diante do desespero pouco sutil De quem vê o demônio e sabe que é seu irmão Ajoelhou-se no meio fio com mendigos e prostitutas e disse: “deus! Prefiro a eternidade!” (E deus disse:) “Menino, és tão pouco coerência e maldade! Erguerei em teu nome uma cidade Vai! Meu nome te empresto. Teu caminho será destro e tão perfeito Que ainda esta noite te deito num castelo de esmeraldas e chão vermelho do sangue dos profetas Atesta meu amor e se apropria do destino És senhor de teu próprio caminho Mas deita sobre os vis a espada da justiça Arranca do pó toda a pista dos hereges que insistem em te foder E guarda em teu peito só amor...”
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CORES 04:30
Vozes, gritos, uivos não me calam Pedras, paus, caminhos não me abalam Homens sempre estão à minha espreita A rua lá de casa é bem estreita Cada esquina esconde um perigo O destino quer brincar comigo Encho o peito, pareço altivo Ninguém vai me passar um curativo Miram-me com falsa piedade Querem ver-me longe da cidade Acham que eu posso ser bandido Sabem que no fundo estou fodido Sigo olhando sempre para frente Sinto como se estivesse ausente Sabem que, no fundo, estou fodido Porque meu filho é negro O segurança do banco é negro O caixa do mercado é negro O motorista da van é negro Meu filho é negro Quem dirá primeiro ao garoto Que o futuro dele é escroto Quem dirá com normalidade É um preto bom prá sua idade É preto, mas é decente Destaca-se de sua gente Trata-se de um preto de alma branca Diz a moça sempre muito franca Cotas não é algo racional Ouvirá num tom bem casual Isso aí não é religião Manda o sempre muito bom cristão Querer demais é incoerente Dirá o branco sorridente E eu direi assim de modo explícito Meu filho é negro O segurança do banco é negro O caixa do mercado é negro O motorista da van é negro Meu filho é negro Eu não sou inimigo Não relativizo Eu não sou bandido Cidadão inativo Pária serviçal Além do bem e do mau Não sou mal necessário Não valho seu honorário Não relativizo Eu não sou bandido Eu não sou bandido O segurança do banco é negro O caixa do mercado é negro O motorista da van é negro Meu filho é negro!
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Mesmo sendo barco ainda quase embriagado Tendo adentrado em águas calmas e cristalinas Não corro mais o risco de naufragar À minha frente a luz do dia quer nascer Às minhas costas as luzes da noite que persiste em sobreviver Eu ao centro no ir e vir da maré a me jogar para a morte e a vida Mas se as águas não oferecem perigo O barco insiste em náuseas delirantes Com o gosto da noite do dia que vai e que vem Que vai e que vem Vai e vem
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Veja o Arpoador antes do entardecer O horizonte infinito, o mar azul Barcos de pesca ao longe, o céu é “rouge” À tarde, de um lado é a areia Do outro as mais graciosas e lindas garotas do “jogging” O sal nas coxas, o céu das moças sadias À noite viados beijam-se, fodem-se, chupam-se Meganhas mendigam migalhas chantageando-os Às vezes casais miram as luzes da favela e o horror do tráfico ou da milícia escondem-se em árvores de natal De tempos em tempos os conservadores emitem opinião e elegem um corrupto fascista ou cristão –-tanto faz – no fundo eles são quase iguais Tudo se esconde tudo, tudo se funde, tudo sucumbe Tudo se esconde tudo, tudo se funde, tudo sucumbe Tudo se esconde tudo, tudo se funde, tudo sucumbe Nas diversas aquarelas do Brasil A dura paisagem de São Paulo esconde outra beleza Os altos edifícios são imensos falos eretos Flertes discretos, olhares retos Casais elegantes passeiam por longas avenidas Raças, credos, opiniões em oposições pacíficas Um caldeirão no asfalto, o ponto alto do pensamento Elites brancas abastadas pagam caro prá ter segurança Por entre os fálicos edifícios inocentes fumam crack Pobres só vão ao Ibirapuera prá assistir a shows de pagode E desaprender um pouco mais sob o patrocínio de supermercados Gays podem ser atingidos por lâmpadas fluorescentes E a cada vez mais ruidosa minoria repete: bem feito! Tudo se esconde tudo, tudo se funde, tudo sucumbe Tudo se esconde tudo, tudo se funde, tudo sucumbe Tudo se esconde tudo, tudo se funde, tudo sucumbe Babaca Sou brasileiro com muito orgulho, sou brasileiro com muito amor! Sou brasileiro com muito orgulho, sou brasileiro com muito amor! Sou brasileiro com muito orgulho, sou brasileiro com muito amor! Sou brasileiro com muito orgulho, sou brasileiro com muito amor! Duas caipirinhas de vodka lá entre Ipanema e o Arpoador bastam para entender esta sensação: O Brasil é o país das cores vistas através da escotilha de um submarino...
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ESPANTO 03:35
Quem ouviu a voz De quem errou de mundo Sabe que, no fundo, qualquer mundo é mundo Há quem possa se desprender de tudo tornar-se mudo na voz e no coração e há quem como eu cujo coração quebrado busca o silêncio em vão luz acesa copo na mesa perdi o encanto e nada disso causa... ...e nada disso causa... espanto...

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SOBRE O ÁLBUM

Freak, o álbum-conceitual, começou a nascer no início dos anos noventa do século passado quando a sua primeira canção foi composta. Tomou forma quando a banda foi formada - no ano 2000 - no instante em que dois amigos de infância que experimentavam a mistura de ritmos brasileiros com rock encontraram um provocador - que não era um grande admirador deste estilo barulhento - e um garoto com cara e jeito de “Beatle” extemporâneo.

Paranhos, Penov, Ponzio e Miano criaram a banda, gravaram algumas canções, mas nenhum destes registros transformou-se em CD.

Treze anos depois o álbum emerge com as canções mais sombrias do quarteto, como se, finalmente, com o distanciamento temporal, fosse possível lançar luz sobre as tristezas, decepções, desilusões e amarguras daqueles primórdios intensos e belos, compreendidos entre 2000 e 2002.

Pensado como um álbum conceitual, Freak acompanha 14 horas e dezesseis minutos – do entardecer ao nascer do sol - de um personagem que não se apresenta pelo nome, mas pelas emoções extremadas.
Diferentemente de “Journey to the Centre of the Earth”, de Rick Wakeman (que lança mão de um narrador para nortear o ouvinte) ou de “2112”, do Rush (cuja música com mais de 20 minutos forma um único núcleo dividido em partes para contar uma saga), Freak alinhava oito canções que espelham a alma de seu personagem, como num monólogo formado por partes e músicas distintas e independentes e oito vinhetas que apontam o local, a hora e o estado emocional desse personagem.

Frágilidade, peso, experimentação, samba, baião, bossa e muito rock’n’roll mesclam-se nesta longa jornada que vai da solidão ao silêncio. Freak-out !

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FREAK é:

ELISEU PARANHOS (voz)
PAULO PENOV (guitarra)
CRISTIANO MIANO (baixo)
FREDERICO PONZIO (bateria)

Letras: Eliseu Paranhos
Músicas: Freak

Produzido por Paulo Penov no The Torture Room entre Janeiro e Maio de 2015, São Paulo, Brasil.

musicaefemera2019.wixsite.com/freak

Arte: Rodrigo Ponzio (www.instagram.com/brainstorme/)

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released July 1, 2015

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